sexta-feira, 13 de maio de 2011

Muito mais do que uma 'simples' Gallardo



O desenvolvimento e montagem do LP560 é feito na Reiter Engineering, empresa alemã especializada em Lamborghini’s de rua e pista. A versão GT3 da Gallardo possui tração apenas nas rodas traseiras enquanto a que anda nas ruas conta com tração integral e diversos equipamentos eletrônicos como ABS, Controle de tração, estabilidade, e outros que fazem até os menos experientes contornarem curvas em alta velocidade sem causar um acidente, porém na categoria não são utilizados. 



A regulamentação do campeonato é feita pela federação máxima do automobilismo, a FIA, e as regras buscam o equilíbrio entre os carros, já que a diferença de potência ou capacidade de contornar curvas é grande entre os carros que estão autorizados a participar do campeonato. O equilíbrio é feito utilizando lastros (pesos), limitações na altura do carro e restrições nas borboletas. Segundo o gerente de pós-vendas da Via Itália e responsável pela equipe, Hilton Lellis, a Lamborghini tem restrições na altura do carro e na entrada da admissão, “as borboletas de aceleração tem 80mm de diametro cada, com as restrições limitam a entrada de ar para 47mm”, explica Lellis.



Powertrain

O motor é um V10 de 5.2 litros com quatro comandos de acionamento variável e 40 valvulas com controle da injeção eletrônica feito por um sistema Euro12 da empresa EFI Technologies, além de bicos injetores e flautas especiais. Os escapamentos possuem pequenos abafadores, pois as regras impõem um limite de decibéis que podem ser emitidos. A refrigeração é garantida por dois grandes radiadores localizados na frente do carro onde tem ventilação de sobra. Devido ao longo caminho percorrido são necessários 20l de liquido refrigerante.

A potência de 570cv @ 8000rpm e torque de 54kgf.m @ 6500rpm, mas com as restrições na admissão esses valores caem e não foram feitos cálculos para especificar o quanto, já que a cada corrida essa retrição pode mudar. Toda essa cavalaria é transmitida por uma embreagem que utiliza dois discos, para aumentar a área de atrito sem precisar aumentar o diâmetro, que quanto menor melhor para posicionar o câmbio mais baixo e assim baixar o centro de gravidade do carro ajudando a performance nas curvas.
No volante do motor está a roda fônica e existe mais uma parte depois da embreagem que funciona de cremalheira para o motor de partida. O câmbio é mecânico de 6 velocidades, porém o engate das marchas é feito por um sistema eletrohidraulico que proporciona maior rapidez e precisão nas trocas.

As semelhanças com aviões não ficam apenas nas incríveis velocidades alcançadas, o tanque de combustível também são parecidos. São feitos de uma borracha especial que aceita deformação, para em casos de colisão não haver risco de explosão. Esse tanque tem capacidade para 100l de combustível e fica aloja em um compartimento atrás do cockpit. Durante o abastecimento são necessários dois mecânicos, um acopla o tanque que despeja o combustível e o outro acopla uma espécie de reservatório para recolher os gases que saem do tanque, pois são altamente tóxicos e inflamáveis.

Lambo de corrida

As maiores modificações e acertos durante as provas são em cima da suspensão, onde os pilotos buscam a melhor adequação a pista. Diversos componentes de suspensão, freio e outros são usinados pela própria Reiter Engineering especialmente para estes veículos, buscando sempre performance e desprezando qualquer conforto. A suspensão é do tipo braços sobrepostos  na dianteira e multilink na traseira, ambos com sistema coilover, ou seja, amortecedores pressurizados e molas helicoidais no mesmo conjunto, com regulagem de carga na abertura e fechamento do amortecedor, além de ajuste da altura e carga da mola.

Os freios utilizam o conjunto de discos e pinça do maior diâmetro possível dentro das rodas de 18 polegadas. As pinças possuem 6 pistões e todos os flexíveis são de material especial para não sofrere
m deformações com as altas temperaturas alcançadas. A caixa de direção possui motor elétrico para acionar a bomba hidráulica.
Devido as altas cargas sofridas pelo chassi, é necessário que periodicamente o carro seja completamente desmontado e posicionado sobre a mesa de alinhamento para corrigir possíveis deformações. “Quando o carro começa a pedir muitos ajustes de suspensão durante as corridas é possível que o chassi esteja começando a se deformar” explica Lellis.

**Fonte: http://www.oficinabrasil.com.br


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