Instalação nas rodas com ABS
Os rolamentos para rodas com freios ABS estão passando por avanços tecnológicos constantes para acompanhar a evolução dos veículos. Saiba como detectar problemas e trocá-los corretamente
Os rolamentos de roda, ou HBU ( Hub Bearing Unit - Unidade de Rolamento de Roda), são duplamente vedados ainda na fabricação, dispensando a lubrificação na hora da manutenção. De acordo com a fabricante SKF, a diferença entre as três gerações está basicamente relacionada à integração de mais alguns componentes da suspensão ao rolamento, como o cubo de roda, ponta de eixo, porca e arruela.
Os rolamentos de primeira geração já lubrificados para a vida, mais utilizados nas rodas dianteiras dos veículos, possuem placas de vedação que evitam o vazamento de graxa e a entrada de impurezas no interior do rolamento, que pode danificar todo o conjunto. Além desta função, as vedações agora possuem uma placa magnética ( encoder) integrada, que funciona como fonte de informações para gerenciamento das velocidades das rodas de veículos com freio ABS.
O profissional deve ter cuidado com essa peça, pois eventuais falhas prematuras podem ser causadas pelo manuseio incorreto no processo de montagem, ou mesmo, pelo contato da placa com campos magnéticos. Atenção com componentes danificados (cubo ou suporte do amortecedor), que muitas vezes são reaproveitados e prejudicam a eficiência do rolamento.
É recomendada a substituição do cubo quando o furo do rolamento desmontado estiver oxidado. Isto significa assentamento irregular do rolamento por desgaste do cubo, por isso não deve ser reutilizado. "Este tipo de rolamento pode ser facilmente falsificado ou recuperado, por isso informamos que todos os rolamentos estão disponíveis sempre em embalagem individual, envolto em filme de polietileno (plástico) e protegido com óleo protetivo especial", explica Alexandre Santana, técnico da SKF.
Antigamente os encoders eram instalados nas juntas homocinéticas, mas depois que os rolamentos com encoder magnético integrado à vedação entraram em cena, os rolamentos passaram a ser a fonte de referência para o sistema ABS. "Este sensor passou a oferecer mais precisão na leitura e facilidade na montagem do conjunto de suspensão, além de permitir um menor custo às montadoras", explica Eduardo Mendes de Oliveira, gerente de Vendas Automotivas/OEM da SKF do Brasil.
A segunda e terceira gerações de rolamentos para veículos com ABS utiliza a mesma tecnologia, porém, dependendo do desenho, o encoder magnético pode ser integrado à vedação ou até mesmo em componentes internos do rolamento.
Será que o problema é no rolamento? A SKF explica que é fundamental que o profissional saiba identificar se a avaria está mesmo no rolamento, para que a peça não seja substituída erroneamente. "O mais importante é saber detectar onde está a falha. Às vezes o problema é no pneu, como a presença de bolhas ou remoldados de má qualidade, com banda rodagem endurecida, e o mecânico se engana e troca o rolamento." explica Santana.
Depois de desmontado o rolamento de primeira geração, por exemplo, não pode ser reutilizado, pois se danifica durante a desmontagem. A manutenção preventiva é recomendada a cada 20 mil km, observando que a vida útil em média é de 70 mil km, dependendo das condições de uso.
Veja alguns testes práticos para detectar problemas:
• Com o carro suspenso em um elevador, gire a roda e segure firme na estrutura do carro (na mola da suspensão ou no amortecedor). Eventuais vibrações indicam avarias internas no rolamento, o que significa a substituição da peça.
• A folga excessiva da roda é outro sinal de desgaste.
• Ruído na roda, quando o veículo está em alta rotação, é mais um suspeito de que o rolamento deve ser trocado, mesmo que o motorista não sinta o carro vibrar.
• Para diagnosticar com precisão a troca dos rolamentos, o melhor a fazer é utilizar o estetoscópio, que faz uma avaliação mais apurada das condições da peça.
Instalação
Para substituir um rolamento de terceira geração, indicado para a roda traseira de um Chevrolet Vectra equipado com ABS, o veículo deve estar suspenso por um elevador. O trabalho inicia com a retirada da roda.
1) O próximo passo é desmontar o conjunto de freio. Primeiro remova a pinça e o disco de freio, com cuidado para não danificar a peça.
2) Tire a tampa (calota) do rolamento e, em seguida, retire o espelho
do freio.
3) Desconecte o chicote elétrico do sistema de ABS. O cabo do freio do estacionamento também deve ser retirado.
4) Agora, desaperte os quatro parafusos de fixação do cubo da roda. Obs.: Na montagem, esses parafusos têm torque específico, que devem ser consultados em cada caso.
5) Retire o cubo do rolamento antigo e coloque a nova peça.
**Fonte: http://www.omecanico.com.br/modules/revista.php?recid=12&edid=2&topicid=2
Os rolamentos para rodas com freios ABS estão passando por avanços tecnológicos constantes para acompanhar a evolução dos veículos. Saiba como detectar problemas e trocá-los corretamente
Carolina Vilanova
Atualmente, os rolamentos de roda especialmente desenvolvidos para automóveis equipados com freios ABS (Sistema Anti-Blocante), estão na terceira geração de desenvolvimento. O aprimoramento dessas peças tem como principal objetivo seguir a tendência tecnológica da indústria automotiva, além de facilitar cada vez mais o trabalho dos mecânicos no momento da montagem. Os rolamentos de roda, ou HBU ( Hub Bearing Unit - Unidade de Rolamento de Roda), são duplamente vedados ainda na fabricação, dispensando a lubrificação na hora da manutenção. De acordo com a fabricante SKF, a diferença entre as três gerações está basicamente relacionada à integração de mais alguns componentes da suspensão ao rolamento, como o cubo de roda, ponta de eixo, porca e arruela.
Os rolamentos de primeira geração já lubrificados para a vida, mais utilizados nas rodas dianteiras dos veículos, possuem placas de vedação que evitam o vazamento de graxa e a entrada de impurezas no interior do rolamento, que pode danificar todo o conjunto. Além desta função, as vedações agora possuem uma placa magnética ( encoder) integrada, que funciona como fonte de informações para gerenciamento das velocidades das rodas de veículos com freio ABS.
O profissional deve ter cuidado com essa peça, pois eventuais falhas prematuras podem ser causadas pelo manuseio incorreto no processo de montagem, ou mesmo, pelo contato da placa com campos magnéticos. Atenção com componentes danificados (cubo ou suporte do amortecedor), que muitas vezes são reaproveitados e prejudicam a eficiência do rolamento.
É recomendada a substituição do cubo quando o furo do rolamento desmontado estiver oxidado. Isto significa assentamento irregular do rolamento por desgaste do cubo, por isso não deve ser reutilizado. "Este tipo de rolamento pode ser facilmente falsificado ou recuperado, por isso informamos que todos os rolamentos estão disponíveis sempre em embalagem individual, envolto em filme de polietileno (plástico) e protegido com óleo protetivo especial", explica Alexandre Santana, técnico da SKF.
Antigamente os encoders eram instalados nas juntas homocinéticas, mas depois que os rolamentos com encoder magnético integrado à vedação entraram em cena, os rolamentos passaram a ser a fonte de referência para o sistema ABS. "Este sensor passou a oferecer mais precisão na leitura e facilidade na montagem do conjunto de suspensão, além de permitir um menor custo às montadoras", explica Eduardo Mendes de Oliveira, gerente de Vendas Automotivas/OEM da SKF do Brasil.
A segunda e terceira gerações de rolamentos para veículos com ABS utiliza a mesma tecnologia, porém, dependendo do desenho, o encoder magnético pode ser integrado à vedação ou até mesmo em componentes internos do rolamento.
Será que o problema é no rolamento? A SKF explica que é fundamental que o profissional saiba identificar se a avaria está mesmo no rolamento, para que a peça não seja substituída erroneamente. "O mais importante é saber detectar onde está a falha. Às vezes o problema é no pneu, como a presença de bolhas ou remoldados de má qualidade, com banda rodagem endurecida, e o mecânico se engana e troca o rolamento." explica Santana.
Depois de desmontado o rolamento de primeira geração, por exemplo, não pode ser reutilizado, pois se danifica durante a desmontagem. A manutenção preventiva é recomendada a cada 20 mil km, observando que a vida útil em média é de 70 mil km, dependendo das condições de uso.
Veja alguns testes práticos para detectar problemas:
• Com o carro suspenso em um elevador, gire a roda e segure firme na estrutura do carro (na mola da suspensão ou no amortecedor). Eventuais vibrações indicam avarias internas no rolamento, o que significa a substituição da peça.
• A folga excessiva da roda é outro sinal de desgaste.
• Ruído na roda, quando o veículo está em alta rotação, é mais um suspeito de que o rolamento deve ser trocado, mesmo que o motorista não sinta o carro vibrar.
• Para diagnosticar com precisão a troca dos rolamentos, o melhor a fazer é utilizar o estetoscópio, que faz uma avaliação mais apurada das condições da peça.
Instalação
Para substituir um rolamento de terceira geração, indicado para a roda traseira de um Chevrolet Vectra equipado com ABS, o veículo deve estar suspenso por um elevador. O trabalho inicia com a retirada da roda.
1) O próximo passo é desmontar o conjunto de freio. Primeiro remova a pinça e o disco de freio, com cuidado para não danificar a peça.
2) Tire a tampa (calota) do rolamento e, em seguida, retire o espelho
do freio.
3) Desconecte o chicote elétrico do sistema de ABS. O cabo do freio do estacionamento também deve ser retirado.
4) Agora, desaperte os quatro parafusos de fixação do cubo da roda. Obs.: Na montagem, esses parafusos têm torque específico, que devem ser consultados em cada caso.
5) Retire o cubo do rolamento antigo e coloque a nova peça.
**Fonte: http://www.omecanico.com.br/modules/revista.php?recid=12&edid=2&topicid=2
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