Depois das restrições brasileiras às restrições argentinas, o mercado brasileiro entrou no campo da incerteza geral. Alguns setores já reclamam da falta de produtos, especialmente as marcas com fábricas no país, que são as que mais importam carros da Argentina e México, principalmente.
Como a demora para emitir a licença de importação é de até 60 dias, esse é o prazo que o mercado dá para que comece haver o desabastecimento. Algumas marcas de importados dizem que no período ainda terão capacidade de entregar seus produtos, pois muitos já foram embarcados na Ásia antes da nova regra, que só vale para veículos adquiridos pelas importadoras após o decreto.
As “nacionais” já começam a estimar a falta de alguns produtos bons de vendas, como o Chevrolet Agile e o Ford Focus, ambos vindos da Argentina. Do outro lado, as importadoras da Abeiva aproveitaram à chance para contra-atacar a Anfavea, sua eterna algoz.
Elas defendem a restrição à importação como meio de regular melhor a entrada de carros estrangeiros no país, visto que com a licença automática, não havia como verificar que tipos de carros estavam entrando no país, o que só acontecia depois através do Renavam.
Essa posição da Abeiva com suas 30 associadas quer mostrar que as importadoras têm menos a perder do que os grandes fabricantes, que elevam cada vez mais os volumes de carros importados dos países vizinhos sem pagar os 35% de imposto de importação.
A Abeiva diz que não haverá falta de produto importado nas lojas, mas que a partir de agora os estoques e as remessas importadas terão um novo cronograma para se adequar à liberação lenta das tais licenças.
Bom, se vai faltar ou não, a certeza é que algumas montadoras terão um prejuízo enorme se as medidas continuarem como está. E o consumidor? Este terá de migrar para outros modelos com maior oferta. Aliás, se a oferta é reduzida, os preços tendem a subir, não é mesmo?
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