quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sistema de freio antibloqueante ABS BMW 320i



Para a matéria técnica sobre ABS número 30 no Jornal Oficina Brasil, vamos conversar sobre um sistema muito moderno, que incorpora várias funções, além do controle de frenagem.

O detalhe deste sistema é a utilização de uma ECU com alta tecnologia, responsável por funções ativas de segurança no veículo, afinal o sangue europeu fala mais alto neste momento. Temos neste BMW, além do ABS o sistema ASR – Controle de tração. Com a utilização de basicamente dos mesmos componentes do sistema de freio, é possível fazer um controle de patinação das rodas motrizes do veículo.Vamos aos detalhes do BMW 320i 2.0 ano 2001.

Alimentação elétrica
Na 320i temos duas ligações diretas com a linha 30 de alimentação direta da central de fusíveis, o pino 1 da ECU passando pelo fusível F61 e o pino 32 pelo fusível F56 ambos de 30 amperes. Já a ligação pós-chave de ignição é feita no pino 4 passando pelo F33 de 5 A.
O aterramento é feito pelos pinos 16 e 47 da ECU.
A comunicação com a ECU da injeção eletrônica via rede CAN é através do pino 15 CAN-L e pino 11 CAN-H.

O interruptor de pedal de freio é alimentado pela linha 15, após passagem pelo F9 de 5 A chegando até o pino 41 da ECU, sendo este o sinal inicial para monitoramento do freio ABS, já que é a partir do acionamento do pedal que o sistema deve ser controlado e monitorado.

Unidade eletrônica - ECU
A unidade de comando eletrônico fabricada pela ATE está localizada na dianteira esquerda do veículo, próximo ao cilindro mestre de freio.
Esta mesma unidade eletrônica vai além do controle de frenagem, não permitindo o travamento das rodas no momento crítico de parada do veículo, faz também o controle antipatinação das rodas motrizes.

O funcionamento do ABS é efetuado com base na leitura dos sensores de velocidade/ rotação das rodas, havendo diferença entre as quatro leituras tem-se a indicação de tendência ao travamento de roda, neste momento em milisegundos a ECU atua as solenóides da unidade Hidráulica isolando ou diminuindo a pressão hidráulica no circuito correspondente.

Já o funcionamento do ASR, a ECU também monitora os sensores das rodas mas, neste momento, não há acionamento do pedal de freio; estará sendo controlada a tração das rodas motrizes, a atuação da bomba de recalque é inversa, em vez de retirar pressão hidráulica ela literalmente “empurra” fluído no circuito da roda de tração com tendência a patinação, fazendo atuar o freio desta roda, diminuindo sua velocidade e eliminando o giro em falso da mesma.

Alimentação elétrica da ECU Eletrônica:

PINOS / SISTEMA    BMW 320i
ATERRAMENTO    16 – 47
POSITIVO    1 – 4 – 32


Unidade hidráulica
O controle hidráulico do sistema antiblocante de freio e controle de tração é do tipo quatro canais, um para cada roda do veiculo.
Observe pelas fotos que temos nada mais que dez válvulas com controle da passagem do fluído de freio pela unidade.

Para o controle de isolação ou redução de pressão temos oito solenóides que estão dentro e são moduladas pela unidade hidráulica:
• Isolamento dianteira direita
• Diminuição dianteira direita
• Isolamento dianteira esquerda
• Diminuição dianteira esquerda
• Isolamento traseira direita
• Diminuição traseira direita
• Isolamento traseira esquerda
• Diminuição traseira esquerda
E para o controle de tração temos mais duas solenóides, é claro, uma para cada roda motriz do veículo.

Sensores
Posicionados diretamente nas pontas de eixos, os sensores do tipo indutivo são de apenas dois fios, sem malha de aterramento.

Os sensores estão ligados à ECU eletrônica da seguinte forma:
Dianteiro esquerdo – pinos 45 e 46
Dianteiro direito – pinos 33 e 34
Traseiro esquerdo – pinos 36 e 37
Traseiro direito – pinos 42 e 43

Comentários
Uma das principais reclamações de veículos com controle de tração ASR é a falta de conhecimento por parte do usuário, que não entende o que está ocorrendo com o veículo no momento em que o sistema não deixa a roda de tração patinar, e a lâmpada de anomalia do ASR pisca no painel.
Na verdade este acionamento da lâmpada de anomalia é normal, indicando o funcionamento do sistema, e após o controle eletrônico da roda de tração a lâmpada permanecerá apagada. Assim como ocorre no sistema ABS, sempre que houver falha a lâmpada de anomalia ficará constantemente acesa e o sistema estará excluso.
Ainda existe o botão de exclusão do sistema para casos de testes ou uma dirigibilidade menos defensiva por parte do condutor. Entre as poucas falhas que este sistema apresenta uma delas chama muito a atenção: falha na ECU eletrônica.
Uma peça com custo extremamente alto e com uma indicação de falha no circuito interno foram alguns dos diagnósticos apresentados. A programação de uma nova ECU é efetuada com scanner específico.

**Fonte: http://www.oficinabrasil.com.br





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