O câmbio de dupla embreagem, denominado como DSG (Direct Shift GearBox), pode ser entendido como a união entre o melhor de dois mundos: o câmbio manual e o automático. Ele consegue reunir a eficiência e rapidez de trocas de marcha do câmbio manual com o conforto e a suavidade de um câmbio automático.
Este câmbio pode ser entendido como dois câmbios manuais dentro de um só, onde há duas árvores primárias (uma oca e outra que passa por dentro), com uma embreagem para cada uma delas, e outras duas secundárias, uma para as marchas pares e a ré, e outra para as ímpares.
A tecnologia de dupla embreagem foi desenvolvida primeiramente para carros de corrida, por conta da rapidez nas trocas e eliminações dos buracos entre as marchas. Isso é possível porque enquanto está sendo utilizada uma marcha através de uma árvore primária e uma secundária, o sistema eletrohidráulico já mantém a próxima na outra árvore.
Assim, para fazer a troca de marchas, basta intercalar as embreagens, que trabalham em banho de óleo e são acionadas hidraulicamente. Tudo isso é comandado por um cérebro, que irá definir o melhor momento para que a troca aconteça.
As trocas de marcha podem ser feitas de uma maneira suave, que até supera o conforto do melhor dos câmbios automáticos, ou de maneira esportiva, onde as trocas podem acontecer em segundos, melhor do que qualquer piloto experiente pode fazer.
O condutor também pode optar entre deixar a central eletrônica efetuar as trocas da melhor maneira ou também pode fazê-las no modo manual, através da própria alavanca ou borboletas atrás do volante.
Durabilidade
A durabilidade desse conjunto de embreagens é muito superior às convencionais, pois trabalham mergulhadas em óleo e o acionamento é controlado por uma central eletrônica, o que impossibilita falhas por parte do motorista. Outro fator que colabora para a maior vida útil é o fato de que cada embreagem é responsável por determinadas marchas. Por isso, em vez de uso em 100% do tempo, elas se revezam.
Como em uma caixa manual, a DSG também possui sincronizadores, porém mais reforçados para ter maior poder de frenagem nas engrenagens e assim fazer o engate com maior facilidade.
Sistema hidráulico
O sistema hidráulico é composto por uma bomba localizada na parte de trás do câmbio, que gera fluxo para acionamento das válvulas e atuadores, além de lubrificar e arrefecer os componentes mecânicos. Também há um filtro de óleo, que fica na parte superior do câmbio. Para realizar as trocas de óleo são necessárias ferramentas especiais Volkswagen, além de procedimentos específicos.
Das pistas para as ruas
Foram anos de desenvolvimento até a adaptação desse sistema de carros de corrida em veículos urbanos, devido aos estudos para que a rapidez fosse aliada ao conforto. Em 2004, foi iniciada a produção em série desse novo conceito de transmissão automática sequencial, utilizada inicialmente em carros como o Golf, Passat, entre outros.
No Brasil, o câmbio já equipa os modelos Passat, Passat CC e Passat Variant, e, em breve, estará disponível no novo Jetta, apresentado na última edição do Salão do Automóvel, com seis marchas à frente, mais a ré.
**Fonte: http://noticiasdaoficina.com.br
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