terça-feira, 19 de abril de 2011

Audi A8: o que de melhor um automóvel pode oferecer?


Marco Antonio Silvério Junior


O que um automóvel deve ter? Um desempenho satisfatório em relação às dimensões, oferecer uma boa posição de direção e visibilidade com certo conforto, de acordo com a proposta e itens de segurança que atenda, no mínimo, as normas do país onde irá circular.

É o que nos acostumamos a observar nos veículos comuns para dizer se são razoáveis, e quando superam um ou outro ponto, chegam até a ser bons. Como na maioria dos casos, no máximo atendem as expectativas, exigimos que tenham manutenção simples, de baixo custo e baixo consumo de combustível.

O A8 é o material didático da Audi para ensinar o que é um desempenho para deixar de boca aberta até se fosse um veículo de proposta esportiva com baixo peso e dimensões reduzidas. No quesito conforto, quando estiver com o banco traseiro na posição leito recebendo uma massagem nas costas e ombros, se sentirá em casa. Com relação à segurança, depois de conhecer toda a estrutura para preservar a vida de quem anda dentro e fora do A8, você vai ficar com medo de andar no seu carro.

Dessa forma, ninguém irá exigir uma manutenção de baixo custo, e a simplicidade de diagnóstico é proporcional ao empenho do reparador, já que toda a rede autorizada recebe treinamento específico. Quanto ao consumo de combustível, apesar de não ser a principal preocupação de quem paga R$ 550 mil em um automóvel, é beneficiado pelas diversas soluções inteligentes para reduzir emissões de poluentes.
Tivemos a honra de participar do treinamento para a rede autorizada Audi sobre o novo A8 que acaba de desembarcar no Brasil. Veja a seguir, separados por sistemas, os principais detalhes deste conceito superior de automóvel.

É o que nos acostumamos a observar nos veículos comuns para dizer se são razoáveis, e quando superam um ou outro ponto, chegam até a ser bons. Como na maioria dos casos, no máximo atendem as expectativas, exigimos que tenham manutenção simples, de baixo custo e baixo consumo de combustível.

O A8 é o material didático da Audi para ensinar o que é um desempenho para deixar de boca aberta até se fosse um veículo de proposta esportiva com baixo peso e dimensões reduzidas. No quesito conforto, quando estiver com o banco traseiro na posição leito recebendo uma massagem nas costas e ombros, se sentirá em casa. Com relação à segurança, depois de conhecer toda a estrutura para preservar a vida de quem anda dentro e fora do A8, você vai ficar com medo de andar no seu carro.

Dessa forma, ninguém irá exigir uma manutenção de baixo custo, e a simplicidade de diagnóstico é proporcional ao empenho do reparador, já que toda a rede autorizada recebe treinamento específico. Quanto ao consumo de combustível, apesar de não ser a principal preocupação de quem paga R$ 550 mil em um automóvel, é beneficiado pelas diversas soluções inteligentes para reduzir emissões de poluentes.
Tivemos a honra de participar do treinamento para a rede autorizada Audi sobre o novo A8 que acaba de desembarcar no Brasil. Veja a seguir, separados por sistemas, os principais detalhes deste conceito superior de automóvel.

Motor e controle de emissões
O motor 4.2 FSI utiliza injeção direta de combustível e quatro comandos de válvulas variáveis. O sistema de injeção direta permitiu o uso de uma alta taxa de compressão, 12,5: 1, o suficiente para desenvolver 372 cv de potência a 6.800 rpm, com torque 445 Nm a 3.500 rpm.

O gerenciamento da injeção de combustível é Bosch MED 17 e as emissões de gases poluentes atendem a norma Euro V, auxiliado por soluções inteligentes como a bomba de óleo regulada por demanda e ao termogerenciamento inovativo do sistema de arrefecimento.

Esta bomba de óleo evita o desperdício de potência do motor para gerar mais fluxo do que o necessário para garantir a lubrificação do motor em baixos regimes de funcionamento. Uma válvula magnética libera a passagem para aumento do fluxo quando preciso.

O termogerenciamento inovativo se trata de um controle eletrônico do sistema de arrefecimento gerenciado por um software integrado a unidade de comando do motor para uma perfeita distribuição do calor fornecido pelo motor através de um sistema de válvulas para a transmissão, habitáculo e lubrificação do motor.

A válvula termostática trabalha a 95°C, porém a plena carga recebe uma alimentação para fazer a temperatura subir a 99°C, aumentando a temperatura do lubrificante e tornando o funcionamento mais suave. Com o motor frio, a circulação do liquido é bloqueada para um aquecimento mais rápido, que após cerca de 120s, libera a circulação para o aquecimento do habitáculo, tornando a temperatura agradável.

Caso a temperatura ambiente não necessite de aquecimento, o líquido passa mais tempo parado até atingir 105°C e então aquece o fluido ATF da transmissão e passa a circular pelo cabeçote e válvula termostática, sendo gerenciado e direcionado para onde houver demanda de calor.

Transmissão
A nova caixa de transmissão ZF possui oito velocidades a frente mais uma a ré. Com isso o espaço entre cada marcha é menor tornando as trocas mais rápidas e com menor patinação para proporcionar suavidade, assim são reduzidas as emissões e há melhor aproveitamento da faixa de torque máximo do motor além de rodar em velocidade constante com baixo rpm.

Outra característica adotada para evitar desperdício de potência foi a comutação automática para o neutro quando o veículo está parado e com o pedal do freio acionado, grande causa do alto consumo de combustível nos veículos automáticos.

Nesta transmissão o eixo que leva o torque as rodas dianteiras passa entre o motor e a caixa possibilitando o deslocamento do conjunto mais para trás, liberando espaço entre o capô e o motor, importante para a proteção de pedestres como veremos na sessão segurança.
A alavanca de engate é apenas um joystick com sensores do tipo Hall que avisam a unidade de comando a intenção do motorista, e uma mecatrônica realiza os comandos no câmbio, este sistema é chamado de Shift-by-Wire.

O diferencial central acoplado a caixa transmite o torque de forma assimétrica, ou seja, cada uma das quatro rodas pode receber um valor de torque diferente, de acordo com as condições de aderência.
Como os diferenciais distribuem o torque para a roda que apresenta menor resistência a rotação, o sistema de controle de tração e o ESP atuam no ABS para frear a roda que patinar, assim o diferencial envia o torque para a outra roda ou eixo.

Carroceria – Audi Space Frame

Como em todo A8, a carroceria é toda construída em alumínio, mas este último modelo abre uma exceção para a coluna B, fabricada em aço moldado a quente de ultraelevada resistência, fechada com uma chapa de aço moderno de elevada resistência. Com isso a estrutura ganhou maior rigidez e proteção contra colisões laterais.

No restante da carroceria apenas alumínio. São utilizadas peças fundidas, chapas e perfis de chapa de alumínio prensados por extrusão. Esse tipo de construção, chamada Audi Space Frame, como no R8 da edição de janeiro, pesa cerca de 45% menos que a convencional, tornando o A8 o mais leve entre os concorrentes diretos, mesmo utilizando tração integral.
A ligação entre os componentes é feita por rebites maciços e puncionados, parafusos do tipo flow-drill, colagem e soldas MIG (mais simples, rápida e produtiva que a TIG) e laser na costura do teto. Para facilitar a manutenção, as partes dianteiras das longarinas, mais suscetíveis a danos por impactos frontais, são aparafusadas.

Segurança
Segurança passsiva
Este capítulo ocuparia facilmente dezenas de páginas do jornal, mas vamos tentar explicar em alguns parágrafos os sistemas mais inovadores presentes no A8. Os sistemas de segurança passiva, aquela que protege os ocupantes em caso de acidente, atuam coordenadamente para reter os passageiros nos assentos e acionar os respectivos airbags.
No total, a unidade de comando do airbag, localizada no centro do veículo entre os consoles centrais dianteiro e traseiro, controla oito bolsas de ar, quatro detonadores dos tensores dos cintos de segurança, dois limitadores de força nos tensores dos cintos dianteiros, e um detonador de interrupção da bateria, que por estar no porta-malas, distribui energia por uma extensa fita de cobre, assim em caso de colisão está sujeita a curto.
Os cintos de segurança dianteiros também possuem uma unidade de comando cada para controlar os tensores reversíveis em diferentes situações, podendo ser apenas uma redução da folga, um tensionamento médio ou total. Veremos mais detalhes ao falar dos sistemas de segurança ativa.

Para administrar os comandos, a unidade do airbag conta, além dos sensores convencionais, com informações de seis sensores de impacto (quatro laterais e dois frontais) e dois sensores de posição dos bancos dianteiros, que servem para adaptar o acionamento das bolsas e dos tensores pirotécnicos dos cintos, de acordo também com a gravidade do acidente. A adequação da bolsa é feita controlando a abertura da válvula de alívio por meio de um detonador, quanto mais cedo abrir, menor a intensidade.
Providências também foram tomadas para minimizar os danos de um possível atropelamento. A frente do carro está mais longa, assim o espaço entre o capô e o motor aumentou, para absorver o impacto do corpo antes de atingir o motor.
Há ainda disponível para alguns países um sistema pirotécnico de elevação do capô, acionado quando é detectado um atropelamento por um dos três sensores de impacto para proteção de pedestres posicionados a frente do veículo.

Segurança Ativa
Mas a inteligência empregada vai além de simplesmente reconhecer uma desaceleração e acionar dispositivos pirotécnicos, o A8 é capaz de detectar uma aproximação rápida de um objeto a frente, alertar o motorista e, caso não haja reação, tomar as providências para que as consequências do impacto sejam amenizadas. Isto é segurança ativa, chamado pela Audi de pre sense.

No pára-choque dianteiro, o que podem parecer dois faróis de milha, na verdade são radares, e em uma das quatro argolas na grade radiador existe uma câmera. Junto a informações de unidades de comando de outros sistemas, o pre sense consegue fazer a identificação de perigo e age em quatro fases:

1ª fase: Alerta sonoro e visual do motorista através do painel de instrumentos, enquanto pré-abastece o sistema hidráulico dos freios e ajusta a suspensão para o modo rígido.

2ª fase: Se não houver reação do motorista, o ABS aplica uma rápida pressão nos freios, dando um tranco no carro e mantendo uma pressão de frenagem de 30%, além de reduzir a folga do cinto de segurança.

3ª fase: Se ainda assim o motorista não tomar o controle da situação, a frenagem aumenta para 50% da força total. As luzes de emergência (pisca alerta) são acionadas e todas as janelas e teto solar começam a se fechar, para evitar a entrada de objetos no habitáculo na hora do impacto.

4ª fase: O veículo irá bater, não há mais como o motorista tomar alguma atitude, então o pre sense aplica pressão total nos freios para diminuir a força do impacto e faz o tensionamento total dos cintos de segurança.
A unidade do airbag aproveita as informações para saber o momento e a força do impacto para estar preparado. Caso o motorista acione o freio nas fases 1 e 2, um sistema chamado braking guard auxilia complementarmente a frenagem, e se o motorista acelerar mais o carro mesmo após o tranco aplicado pelo ABS, o sistema é desabilitado, pois entende que deseja assumir o controle, e jamais algum programa deve sobrepor a decisão do motorista.

Se o motorista conseguir parar a tempo e o veiculo que vier atrás se aproximar perigosamente, o pre sense rear (traseiro) liga o pisca alerta, fecha os vidros e teto solar e ajusta a posição do banco e encosto de cabeça para evitar o efeito chicote do pescoço. Se o impacto for realmente acontecer o tensionamento total do cinto é realizado.

Suspensão
O A8 possui de série o Adaptative Air Suspension, um sistema de suspensão a ar ativa que se adapta automaticamente às diferentes condições do piso e pilotagem. O condutor também pode selecionar manualmente o comportamento da suspensão através do Audi Drive Select na central multimídia.

Com a nova disposição do eixo de transmissão entre o motor e a caixa de transmissão, o conjunto de suspensão ficou posicionado a frente do eixo, proporcionando algumas vantagens, as principais são o aumento do entre eixos e a eliminação da necessidade de ajuste do famoso ponto ‘S’ (ajuste da convergência e posição do terminal de direção com o veículo a uma determinada altura). Porém o alinhamento só pode ser feita na rede autorizada devido a necessidade do alinhamento da câmera presente na grade do radiador, o que exige ferramental apropriado.

A rigidez estrutural do agregado é formada por duas barras em X. Em nenhuma hipótese o veículo pode ser apoiado no chão com estas barras soltas, com a consequência de deformação do agregado, exigindo a troca do componente.

Show de tecnologia

Os radares e a câmera citados no item segurança ainda proporcionam realizar outras funções difíceis de imaginar até alguns anos atrás. Uma delas é o ACC – Adaptative Cruise Control fornecido pela Bosch. O que poderia ser banalmente chamado de piloto automático, mas vai muito além do que estamos acostumados a ver.
O sistema pode acelerar e frear o veiculo de 0 a 250 km/h, mantendo uma distância determinada pelo condutor do veículo a frente. A câmera tem a possibilidade de identificar também pessoas através do reconhecimento de cabeça, tronco e membros, e assim frear o veículo caso haja tempo e espaço hábil para isso.

A câmera de visão noturna mostra no painel de 7”, presente entre os indicadores de velocidade e rpm, obstáculos e pessoas, indicando através da coloração a proximidade e se está na direção por onde o carro irá passar.

O farol planar é ajustado automaticamente de acordo com o caminho à frente. Se estiver livre até onde o radar consegue detectar, irá usar longo alcance de iluminação, caso seja detectado um veículo vindo na direção contrária, irá reduzir o alcance do lado esquerdo para evitar ofuscamento da visão do motorista. Ao chegar em um cruzamento, o alcance transversal da iluminação é ampliado para facilitar a visibilidade de pedestres e veículos que pretendem cruzar a frente.

Guiado por GPS

A Audi promete que irá funcionar no Brasil um sistema de auxílio à condução por GPS. A vantagem será principalmente em rodovias, onde o veículo saberá o que existe após a próxima curva, evitando assim trocas de marchas desnecessárias, por exemplo: o motorista reduz a velocidade para entrar numa curva e o câmbio consequentemente reduz marchas para realizar a curva e sair com certo torque, sem saber o que vem a frente, o câmbio volta a subir as marchas assim que o motorista começa a acelerar. Se houver uma curva logo em seguida, irá precisar reduzir tudo de novo.

Com os dados do GPS, o A8 saberá que a frente há outra curva e qual a sua intensidade, então irá manter a marcha ideal para contorná-la, aumentando o conforto, reduzindo emissões e desgaste do conjunto. Agora sim é possível imaginar que um dia veículos andarão sozinhos pelas ruas.

**Fonte:http://www.oficinabrasil.com.br/index.php/materia-de-capa/1405-audi-a8-o-que-de-melhor-um-automovel-pode-oferecer

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