sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Entra o Peugeot 308, sai o reservatório de gasolina. Novo motor aposenta o “tanquinho”


Levamos o 308 à oficina e apresentamos suas novidades, entre elas a inédita tecnologia FlexStart e o novo motor. Testamos também seu desempenho no dinamômetro

Lançado no mercado nacional em fevereiro deste ano (e fabricado na Argentina) para encarar Golf, i30, Focus, Bravo, C4 e logo o Cruze Hatch, o Peugeot 308 substitui seu antecessor que já implorava por uma atualização. O modelo, que surgiu na Europa em 2007, veio com a nova motorização denominada EC5, que atenderá também a outros veículos do grupo PSA Peugeot Citroën.

1.6 16V

O motor de 1587 cilindradas entrega 122 cv de potência máxima a 5800 rpm e torque máximo de 16,4 mkgf a 4000 rpm (ambos os dados com o veículo abastecido com etanol).

Dentre as algumas melhorias presentes na motorização EC5, estão: variador de fase – ausente no 307 -  (foto 1), bomba de óleo variável e componentes fabricados em materiais mais leves. Estas mudanças resultaram em redução de consumo de combustível, melhora no índice de emissões e também nodesempenho, que fornece 80% do torque a partir de 1.500 rpm.


FLEXSTART

O 308 traz um sistema de injeção flex inovador. Desenvolvido pela Bosch, a tecnologia FlexStart não requer o uso do reservatório de gasolina. A perfeita combustão do etanol ocorre acima de 18°. Logo, quando a temperatura do motor for inferior a 15° e o veículo estiver abastecido com 85% de etanol ou mais, o sistema é acionado. 

Esta tecnologia pré-aquece o etanol ao ser injetado na galeria dos bicos, que fornece uma pulverização uniforme e favorece a queima do combustível, também assegurando a partida do motor.

A tecnologia Flex Start já havia sido apresentada em 2008 por outra montadora, mas a versão da PSA conta com o recurso chamado “Wake-up”: ao abrir a porta do motorista, o sistema ativa a central eletrônica ECU. O software da unidade de comando eletrônica verifica a temperatura ambiente e a proporção de etanol no tanque, inicia o pré-aquecimento do combustível e acende uma luz espia no painel. A partida do motor fica inibida até esta luz se apagar.

CÂMBIO

O consultor técnico Amauri Gimenes também avaliou esta versão 1.6 16V e aprovou a nova mecânica. Em relação ao câmbio, a relação das 3ª e 4ª marchas são curtas. A vibração do motor (sustentado por coxim hidráulico) é transmitida e percebida na alavanca de câmbio, que vibra em algumas desacelerações. Este movimento poderá causar desgaste prematuro de seu coxim.

SCANNER

Com o auxílio do reparador Sérgio Torigoe, do Auto Elétrico Torigoe, comparamos o 308 com seu antecessor 307 através do scanner com o sistema PSA PP 2000.

Constatamos que os módulos e calculadores presentes em ambos são iguais, exceto a adição do Calculador de Climatização, presente no 308. Este calculador controla o ar-condicionado automático digital bi-zone, que regula de forma independente a temperatura do lado do motorista e do passageiro. O veículo avaliado dispunha deste item opcional.

DINAMÔMETRO

Viajamos até São Carlos, cidade do interior de SP, onde efetuamos testes de desempenho do Peugeot 308 através de um dinamômetro portátil.
Os resultados ficaram próximos aos fornecidos pela montadora e dentro da margem de tolerância.

Todos os gráficos completos, com os resultados do teste de desempenho estão disponíveis e podem ser visualizados nesta página.

Fotos: 














Mercedes-Benz C200 mostra equilíbrio e entre luxo, racionalidade e desempenho


No Brasil, a Mercedes-Benz Classe C tem uma função essencial: ser um objeto de desejo para aClasse Media-alta. Tanto é que, as três versões disponíveis do sedã no país exercem atração numa proporção inversa ao valor estampado na tabela de preços. A de entrada, a C180 e seus R$ 115.900, é a que mais vende.
A seguinte, a C200, que custa R$ 158.900, vende bem menos. A de topo, C250, que sai a salgados R$ 208.500, é praticamente um carro  de showroom. No balanço entre preço, sofisticação, potência e equipamentos, a C200 Avantgarde é a que melhor atende às solitações de quem quer uma Mercedes, mas sem se encalacrar (muito) por isso. Na soma, com cada versão fazendo uma função específica.
São quase 400 vendas mensais, que mantiveram o sedã da Mercedes à frente na lista dos modelos de luxo mais vendidos no Brasil – ultrapassando, inclusive, o impressionante Land Rover Evoque. Esse posicionamento do Classe C se deve muito à reestilização de meia-vida promovida pela montadora no meio do ano passado, feita após uma queda de quase 40% nas vendas mundiais do modelo.
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As pesquisas indicaram que a principal causa era a impressão dos potenciais consumidores de que o sedã estava “simples demais”. Isso explica o face-lift, que afetou pouquíssimo o exterior, mas foi considerado pela marca “o mais profundo já promovido em um habitáculo”. Mudaram totalmente o painel, os comandos, o volante e todos os revestimentos, além de algumas melhorias técnicas.
No caso da C200, o acabamento interno é em alumínio escovado e traz ainda teto solar e faróis bi-xenon. Além disso, tem itens como ar-condicionado automático, luzes de led, controles de estabilidade e tração, seis airbags, ABS, rodas de liga leve de 17 polegadas e sistema de entretenimento com tela de 3 polegadas. O propulsor das três versões é basicamente o mesmo: um 1.8 turbo com injeção direta de gasolina gerenciado por um câmbio automático de 7 marchas.
O que muda são as calibrações e o tamanho de turbo e intercooler. Na C180, turbo e intercooler são pequenos e ele desenvolve 156 cv e 25,5 kgfm de torque. Na top, a C250, turbo e intercooler são de maior capacidade, o que resulta em 204 cv e 31,6 kgfm. Na C200, intercooler é o da C180 e o turbo é o da C250. E gera 184 cv de potência e 27,5 kgfm. Bons números para um modelo que pretende unir elegância e vigor em boas doses. Sem sobras ou faltas.
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Ponto a ponto

Desempenho – O funcionamento do motor 1.8 turbo da C200 impressiona pela suavidade e competência. O torque máximo de 27,5 kgfm fica disponível no longo regime de 1.800 a 4.600 rpm e dá grande agilidade para o sedã. Tanto é que o zero a 100 km/h é feito em 7,8 segundos, boa marca para um carro de 1.505 kg. A transmissão também agrada, com trocas rápidas e realizadas nos momentos certos. Nota 9.
Estabilidade – A C200 encara uma sequência de curvas sem se abalar. A boa distribuição de peso, aliada à tração traseira e à ótima rigidez torcional do conjunto, faz da Classe C um carroextremamente agradável. E mesmo quando se extrapola o limite de equilíbrio do carro, os sistemas eletrônicos mantêm o sedã sempre na trajetória desejada. Nota 9.
Interatividade – O convívio com a Classe C não tem mistérios. Tudo está à mão e nos lugares “naturais”. Apenas o rádio tem funcionamento um tanto confuso, a princípio. Também complica o fato de todas as hastes que se projetam da coluna de direção ficarem do lado esquerdo, como os controles de seta e do cruise control. Nota 7.
Consumo – O InMetro não fez medições para o sedã da Mercedes. O computador de bordo marcou média de 9,1 km/l em trajeto misto. Nota 7.
Tecnologia – Dentre os sedãs médios das marcas premium alemães, o Classe C é o mais antigo. Isso se mostrava no anterior, principalmente antes do face-lift do ano passado. Hoje, a cabine consegue ficar de acordo com o que há de moderno no mercado. O motor é potente, suave e econômico e a lista de equipamentos é recheada. Nota 8.
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Conforto – O Classe C é um veículo com rodar dos mais suaves. A suspensão é independente do tipo multilink atrás e fornece ótima dose de absorção de impactos. Os bancos de couro são confortáveis e “abraçam” os ocupantes. O espaço interno é o esperado de um sedã médio. Ele leva quatro pessoas com boa dose de conforto, mas nada muito além disso. Nota 8.
Habitabilidade – O porta-malas leva bons 475 litros. Entretanto, tem braços que invadem a área das bagagens. Os vãos de entrada e saída são bons, como na maioria dos sedãs de porte semelhante. Como o console é cheio de comandos, não há muito espaço para porta-trecos. Só dentro do apoio de braço central que dá para guardar itens como carteira e celular. Nota 7.
Acabamento – Outro elemento que evoluiu com a reestilização do ano passado. O painel agora exibe uma vistosa peça de alumínio que adiciona ainda mais requinte a mistura. Os encaixes são precisos e a escolha de materiais segue a mesma linha. Só na parte inferior do painel, na área próxima as pernas do motorista que existe plástico rígido. No segmento, é dos melhores. Nota 9.
Design – A função do Classe C não é ser carro de playboy. E o design responde bem à expectativa de quem quer um carro de linhas clássicas e elegantes. Nota 8.
Custo/beneficio – Frente aos principais concorrentes, a C200 não é cara. O Audi A4 equivalente supera o preço da Mercedes por causa dos inúmeros opcionais e a BMW só vende a nova geração da Série 3 em versões mais potentes. Nota 7.
Total – O Mercedes-Benz C200 somou 79 pontos de 100 pontos possíveis.
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Impressões ao dirigir – Questão de harmonia

Classe C é a porta de entrada ao universo de sedãs Mercedes-Benz. E já no primeiro contato mostra que cumpre bem a tarefa de dar uma parcela do que a marca alemã é capaz de fazer. O acabamento agrada bastante e mostra grande evolução por causa do face-lift sofrido no ano passado.
O aplique de alumínio no painel é o destaque. O espaço interno também é bom e suficiente para quatro pessoas. Como em muitos carros de luxo atuais, o espaço para um quinto ocupante é ligeiramente sacrificado. O melhor é dar lugar ao descansa-braço.
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Em movimento. A C200 se mostra muito amigável. A suspensão – do tipo multilink na traseira – se comporta exemplarmente, com extrema suavidade. Absorve as imperfeições com muita competência e torna o rodar do carro muito confortável. O desempenho do motor chega a surpreender.
Não apenas pelo ânimo que os 184 cv conseguem dar a um carro de 1.505 kg, mas também pela suavidade com que ele roda. Mesmo em giros elevados, o seda é silencioso e quase sem vibrações. Além dos 184 cv, o farto torque de 27,5 kgfm disponível em larga faixa dão grande agilidade na cidade. Mas é em um trajeto sinuoso que o Classe C mostra a sua melhor faceta. Ocarro é bem construído e é dotado de ótima rigidez torcional. A tração traseira ajuda e o sedã quase não sai de controle.
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Ficha técnica – Mercedes-Benz C200 Turbo Avantgarde

Motor: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 1.796 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbo com intercooler e comando duplo variável de válvulas no cabeçote. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automático com sete marchas à frente e uma a ré. Tração traseira. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 184 cv a 5.250 rpm.
Aceleração de zero a 100 km/h: 7,8 segundos.
Velocidade máxima: 235 km/h.
Torque máximo: 27,5 kgfm entre 1.800 e 4.600 rpm.
Diâmetro e curso: 82 mm X 85 mm. Taxa de compressão: 9,8:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo multilink, com molas helicoidais e amortecedores de rigidez variável. Traseira independente do tipo multilink com amortecedores de rigidez variável. Oferece controle eletrônico de estabilidade e suspensão adaptativa eletrônica.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS e EBD.
Pneus: 225/45 R17.
carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,58 metros de comprimento, 1,77 m de largura, 1,44 m de altura e 2,76 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais dianteiros, do tipo cortina e apoio de cabeça ativo.
Peso: 1.505 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 475 litros.
Tanque de combustível: 59 litros.
Produção: Bremen, Alemanha.
Lançamento: 2007. Reestilização: 2011.
Itens de série: Ar-condicionado automátcio bizona, ABS, EBD, BAS, airbags frontais, laterais e de cortina, banco do motorista com regulagem elétrica, sistema keyless, controle de estabilidade e de tração, direção hidráulica, faróis de neblina, rádio/CD/MP3/USB/AUX/Bluetooth, controlador de velocidade de cruzeiro, sistema start/stop, assistente de partida em aclives, faróis de xenônio, rodas de liga-leve em 17 polegadas, sensores de estacionamento, crepuscular e de chuva.
Preço: R$ 158.900.

**Fonte: http://www.noticiasautomotivas.com.br

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Peugeot 408 1.6 16V THP: simplicidade na manutenção agradou profissionais da oficina



O carro surpreendeu em um local onde os veículos franceses eram vistos como difíceis: a oficina mecânica. O THP “empurra” o 408 como se este fosse um hatch leve, dando a sensação aos nossos consultores de estarem guiando, pelo menos, um 2.0 litros.

O 408 Griffe está equipado com o eficiente propulsor 1.6 turbo, de injeção direta, o mesmo que equipa os modelos 508, 308 CC e RCZ da marca, o Citroën DS3 e os Mini Cooper produzidos pela BMW.

O modelo chega ao nosso país nas motorizações 2.0 16V Flex (desde o final de 2011) e 1.6 16V THP (primeiro semestre de 2012), ambos importados de El Palomar - Argentina, com o objetivo de disputar mercado no segmento de sedãs médios, colocando “na parede” fortes concorrentes, como os Toyota Corolla e Honda Civic.

Externamente, o 408 THP é igual ao seu irmão flex, exceto por um pequeno emblema na tampa traseira com a inscrição THP, o que lhe dá um sobrenome de respeito. Outro diferencial deste são as rodas de 17’’, que neste modelo possuem design exclusivo, sendo calçadas pelos pneus 225/45 R17. (Foto 1)

A versão cedida gentilmente pela Peugeot era equipada com ar condicionado digital dual zone, radio mp3, vidros, travas e retrovisores elétricos, ABS com EBD, ESP e seis air-bags (inclusive de cortina e nos bancos).

TURBINADO
Desenvolve 165 cv de potência a 6.000 RPM, com torque de 24,5 kgfm a partir dos 1400 RPM. Só em caráter de comparação, podemos citar que o 408 com motor 2.0 Flex faz 22 kgfm aos 4.000 RPM. Como podemos notar o 1.6 é “bem esperto” e disponibiliza bom torque em quase todas as faixas de rotação do motor. (Foto 2)

O valente motor ainda conta com uma turbina simples com waste-gate (válvula existente em turbinas que não possuem geometria variável, a fim de limitar a quantidade de gases de escape que passam no interior desta, controlando consequentemente a pressão da mesma), a qual trabalha em torno de 0,8 bar de pressão. Já o comando de válvulas é do tipo variável e conta com uma válvula eletrônica (VVT) para controlá-lo. (Foto 3)

Para arrefecer o sistema, utiliza-se bomba d’água do tipo pilotada, onde para comandá-la, um dispositivo variador se aproxima ou se afasta da polia da mesma. Esta só será acionada em situações de necessidade do motor, como por exemplo, em uma partida a frio. Neste caso, a bomba ficará desacoplada, permitindo assim que este tenha um ganho de potência, além de conduzi-lo a um aquecimento à temperatura de trabalho mais rapidamente.

A lubrificação do sistema é feita através de óleo sintético 5W-30, onde esta bomba segue o mesmo princípio de funcionamento da de água, só atuando em casos de necessidade. Para tal, leva em conta as informações sobre rotação, carga do motor e temperatura do mesmo. Outra recomendação da marca é não utilizar gasolina comum, pois esta, sem pacote de aditivos de limpeza e mais suscetível a adulterações, poderá comprometer a vida útil do sistema de injeção de combustível, causando principalmente, carbonização excessiva na câmara.

Como nos motores BMW (responsável por conceber este THP em parceria com o grupo PSA), a distribuição é realizada através de corrente de comando. O sistema assemelha-se ao RoCam da Ford e conta com esticador hidráulico. A Peugeot não recomenda a troca desta corrente baseando-se na quilometragem percorrida. Até o momento, esta é dada como “sem manutenção”.

Já o esticador da correia de acessórios é eletrônico (tensor dinâmico), onde um dispositivo semelhante a uma lingueta que, quando acionado, recolhe-se, distencionando a mesma, permitindo assim uma fácil substituição. (Fotos 4, 4A)

Para acessar o filtro de óleo, é necessário a retirada do difusor de ar do motor, conforme imagens abaixo. O filtro de combustível fica abaixo do veículo, na saída do tanque. Para a sua substituição, basta retirar a cinta de proteção e efetuar a troca. (Foto 5, 5A, 5B, 5C, 5D)

INJEÇÃO
O sistema de injeção é comandado pelo módulo Bosch MED17.4.2, fabricado na Hungria e responsável por fazer o THP puxar o 408 com muita facilidade. Para a pressurização do combustível no sistema de injeção direta, há uma bomba de baixa pressão (com 5 bar) dentro do tanque que alimenta a bomba de alta pressão, onde pressuriza gasolina à aproximadamente 120 bar na flauta de combustível. (Foto 6, 6A)

As bobinas de ignição são do tipo independente e de fácil remoção, como podemos ver na foto abaixo. Outro detalhe importante é a utilização de bomba de vácuo para alimentar o servo-freio, pois em um motor turbinado, não é possível pegá-lo direto do coletor como em veículos aspirados. (Foto 7)

Os injetores também são bem diferentes daqueles utilizados em sistemas de injeção convencionais. Bem mais reforçados, são capazes de suportar a pressão do sistema e de controlar a quantidade de combustível a ser injetado na câmara de combustão para a queima.

TRANSMISSÃO
Outro destaque positivo é o câmbio automático de seis marchas fabricado pela japonesa AISIN, denominado pela PSA como AT6. Embora não seja do tipo CVT, o mesmo é capaz de fazer trocas com relativa suavidade. Tamanha é essa sutileza que só percebemos essa troca se acompanharmos o marcador de RPM no painel, do contrário, somente em acelerações fortes ou em freadas bruscas que perceberemos esse cambiamento. Também é possível realizar as trocas no modo manual, através do shift-tronic, sendo uma opção para aqueles que não abrem mão de uma tocada mais esportiva. (Foto 8)

A caixa de velocidades possui lubrificação permanente, que utiliza óleo AW-1, de coloração avermelhada, fornecido somente pela montadora. De acordo com a fabricante francesa, também não se faz necessária a troca do filtro localizado no pescador de óleo da bomba.

SUSPENSÃO
A suspensão do 408 não traz grandes novidades, mas aprimora a qualidade dos componentes na fabricação, permitindo que essa tenha a calibração na medida certa entre o conforto comum aos sedãs e a rigidez característica dos esportivos.

Na dianteira, temos o sistema McPherson com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos pressurizados e barra estabilizadora desacoplada. Já a traseira possui travessa deformável, barra estabilizadora integrada e amortecedores hidráulicos pressurizados. (Foto 9)

Para “parar” tudo isso, o sistema de freio possui discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, ambos com a tecnologia ABS e EBD. O sistema também é dotado de controle de estabilidade (ESP).

NA OFICINA
Para avaliá-lo, enviamos o 408 THP ao Centro Automotivo Skapneus, localizado no bairro de Itaquera em São Paulo, onde o reparador Thiago Dias dos Santos compartilhou de sua opinião referente ao modelo.

O veículo não chamou a atenção somente nas ruas. Na oficina mecânica ganhou o seu destaque e o primeiro comentário do reparador Thiago foi: “é de se notar que a Peugeot está mais preocupada com o reparador, pois o espaço entre a correia dos acessórios e a longarina é grande, o que facilita a reparação, algo que não acontecia em modelos anteriores da marca”.

Porém, ao levantarmos o veículo no elevador, encontramos algo que realmente não esperávamos: o coxim direito do motor estava úmido de óleo. Em busca da origem desse possível vazamento, o reparador Thiago comentou: “o vazamento deve estar ocorrendo logo acima do semi-eixo, no respiro do motor (blow-by). É algo comum de acontecer, porque entre ele e o bloco há um o’ring e devido à temperatura da região, costuma apresentar um desgaste no local, onde aparecem os vazamentos. É mais fácil que o vazamento seja aí do que algo mais sério, embora não seja possível detectar realmente a origem dele”. (Foto 10)

“Esse motor é fabricado em parceria com a BMW, assim, percebemos que o mesmo é dotado de corrente de distribuição. É uma boa, porque a durabilidade deste componente é de longa quilometragem. Um ponto positivo para a marca, pois reduz a manutenção no motor. Em modelos com correia dentada, a vida útil desta é de, em média, 40.000 quilômetros. A corrente também é um componente mais seguro para o sistema, porque, como é resistente e raramente quebra, preserva a vida útil dos outros sistemas. Em um motor turbinado, utilizar correia dentada não é seguro, e em caso dessa estourar, o prejuízo será grande”, disse o reparador Thiago.

Com relação à transmissão, o reparador ainda fez outro comentário: “como o câmbio foi substituído por este novo modelo (AISIN AT6), acredito que aqueles problemas recorrentes do AL4 ficaram para trás. É mais um ponto positivo para a marca, que percebeu que a caixa anterior era problemática e decidiu optar por um modelo totalmente novo”.

Outra vantagem citada é sobre o sistema de direção é eletro-assistida: “a principal vantagem é que neste caso não há perda de potência do motor para acionar a bomba da direção hidráulica. Isso permite ainda economia de combustível e principalmente, para o reparador, facilidade para substituição do componente, não necessitando a desmontagem de muitos itens para removê-la”.

Porém, nesta mesma bomba, há outro ponto de vista do reparador Thiago: “um ponto negativo é que a bomba fica localizada do lado do passageiro, atrás do para-choque. Assim, uma colisão nessa região poderá danificar a peça, o que no geral tem o custo muito elevado”.

MERCADO DE PEÇAS
Questionado sobre o mercado de peças para o veículo, o reparador comentou que como o 408 ainda é relativamente novo no mercado, ainda não há peças para ele na reposição independente. “Apesar disso, acredito que seja melhor adquirir tais itens genuínos. Estamos falando de um motor turbinado e de injeção direta, não vale a pena economizarmos em um componente que lá na frente não apresenta a mesma qualidade”, conclui o reparador.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS
Sobre esse item que é de tamanha importância para o reparo sair da maneira correta, o reparador Thiago comentou: “ainda não há informações técnicas sobre o modelo, mas a manutenção deste parece ser muito simples. O auxílio por parte da Peugeot com estas informações facilitaria ainda mais a reparação dele”.

PROBLEMAS RECORRENTES
Ainda não há histórico de falhas referentes ao modelo, mas em comparação ao 307 Sedan, modelo que o 408 substitui na marca, o reparador fez elogios: “o 408 tem melhor suspensão, trocou o câmbio problemático e trouxe um motor muito eficiente, só isso já faz dele um veículo muito melhor que o 307 Sedan. Problemas que o veículo pode apresentar estão, basicamente, associados à utilização de combustível adulterado. Sistemas de injeção direta não aceitam bem a gasolina comum e com certeza nem todos os proprietários utilizarão combustível aditivado. Os aditivos desta evitarão o desgaste prematuro do sistema”.

Galeria de fotos
























 

Citroën DS5 começa a ser vendido no Brasil

A partir da primeira semana de dezembro, começa a ser vendido no Brasil o Citroën DS5, segundo modelo da linha DS a aterrissar no país. Dono de um estilo único, o modelo combina características de cupê, perua e sedã em único perfil: apesar do design remeter a um esportivo mais compacto, o modelo de 4,53 m de comprimento tem generosos 2,72 m de espaço entre-eixos, o que proporciona espaço real para cinco ocupantes e porta malas de 468 litros de capacidade.
O powertrain do DS5 já é conhecido do mercado. O motor é o mesmo THP utilizado em seu “irmão menor”, o DS3, e em diversos modelos da Peugeot. Desenvolvido em conjunto com a BMW, o THP oferecido no modelo da Citroën está calibrado para gerar 165 cv de potência máxima a 6.000 rpm, e torque máximo de 240 Nm entre 1.400 e 4.000 rpm. Já a transmissão é composta pela caixa de câmbio automática sequencial de seis marchas.
A suspensão do DS5 é composta na dianteira por sistema pseudo McPherson e travessa deformável na traseira. A Citroën também equipou o modelo com calços hidroelásticos, que, segundo a fabricante, permitem obter uma rigidez diferenciada no sentido longitudinal (firme para o comportamento rodoviário) e vertical (mais flexíveis para uma melhor filtragem dos defeitos da estrada e uma suspensão mais suave).
Um fator que determina a qualidade da dirigibilidade do modelo, segundo a fábrica, é o tamanho maior das bitolas dianteira e traseira que, combinadas à grande distância entre-eixos, melhoram o comportamento dinâmico do DS5.
A direção do modelo é eletro-hidráulica e recebeu calibração para transmitir uma sensação esportiva, mas equilibrada e confortável. Já o sistema de freios do DS5 é composto de discos ventilados de 302 mm na dianteira e 268 mm na traseira. Os conjuntos rodas/pneus de série do modelo têm medida 235/45 R18, com pneus Continental Sport Contact 3, enquanto os opcionais tem medida 225/50 R17.
Entre os auxílios de segurança à direção e frenagem, o DS5 dispõe de ESP com controle dinâmico de estabilidade e antipatinagem (ASR), ABS com ajuda à frenagem de emergência (AFU) e repartição eletrônica (REF), ajuda à partida em aclive/declive (Hill Assist), freio de estacionamento elétrico, controle de tração.
Ainda dentro do quesito tecnologia, o modelo possui diversos componentes de auxílio e conforto para condutor e passageiros, incluindo Head-up display, sistema de navegação GPS MyWay com mapa do Brasil e tela colorida 16/9, câmera de ré, teto panorâmico tipo cockpit com 3 cortinas individuais elétricas, faróis bi-xênon direcionais com iluminação estática de cruzamento, Banco com função massagem, entre outros.
O Citroën DS5 possui 3 anos de garantia e 12 anos de garantia anticorrosão perfurativa, plano de manutenção com Preços Fixos. O modelo está disponível em versão única e tem preço a partir de R$ 124.900,00.