quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Renault Duster: seu cliente vai ter um



O crescimento do mercado SUV’s no Brasil é expressivo, de 2005 para cá, o número de veículos desse tipo nas ruas se multiplicou em 16 vezes (cerca de 13 mil para mais de 200 mil unidades). Sendo assim, o Renault Duster deve avançar rapidamente nas vendas, visto também os atributos que pudemos conhecer neste lançamento.
O Duster já é comercializado na Europa, porém, antes de ser produzido no Brasil, passou por um desenvolvimento que levou dois anos, onde o modelo recebeu adaptações para se adequar não só quanto ao conjunto mecânico e eletrônico, mas também as preferências estéticas do consumidor brasileiro.

Este processo ficou a cargo da RDAL (Renault Design America latina) e RTA (Renault Tecnologia s Americas). A primeira desenvolveu um novo habitáculo, para choque traseiro e itens de personalização, já a RTA cuidou de desenvolver novos conjuntos de motor e câmbio, fazer ajustes de suspensão com novas molas e amortecedores, além de tratar do conforto acústico. No total são 774 novos componentes.
Motores
O 1,6 l 16 v Hi flex é derivado do Sandero Stepway e recebeu novo mapeamento e sistema de partida a frio com válvula injetora de combustível. A potência é de 115/ 110 cv (etanol/ gasolina) a 5750 rpm e o torque é de 15,5/ 15,1 kgfm (etanol/ gasolina) a 3750 rpm. Este motor equipa apenas a versão 4x2 com câmbio manual e não deixa a desejar com os mais de 1200 kg do Duster.

O 2,0 l 16v Hi flex equipa, além da manual, as versões com câmbio automático e com tração 4x4. Se o 1,6 não deixa a desejar, o 2,0 surpreende, não só pelos 142 cv a 5500 rpm que produz quando abastecido com etanol, mas também pelos 20,9 kgfm de torque as 3750 rpm. O melhor desempenho do motor de 2 litros que equipa o Duster, em relação aos já disponíveis hoje, no mercado, se deve as 44 novas peças que são utilizadas e o aumento da taxa de compressão, que foi de 9,8:1 para 11:1. A partida dá a frio também recebeu válvula injetora.
Transmissão
Quando equipado com o motor de dois litros, o Duster pode ser comercializado com câmbio manual de seis marchas com tração 4x2 ou 4x4 (com relações de marchas e de diferencial mais curtas), ou câmbio automático BVA, enquanto o 1,6 l utiliza apenas câmbio manual de 5 marchas. No total serão três câmbios manuais com relações diferentes de marcha e diferencial.
Os conjuntos
A Renault informou que os conjuntos foram pensados e desenvolvidos visando também ao conforto nas arrancadas.

Mesmo sem verificar a curva de torque destes motores, é possível perceber que não há muita quantidade disponível em baixas rotações, e por isso é preciso certo esforço para manter a suavidade nas saídas de farol.

A movimentação da alavanca nas arrancadas e retomadas de velocidade pode ser percebida mesmo nos veículos novos, portanto fique atento caso haja reclamação de seu cliente para não realizar trocas desnecessárias de componentes.

No modelo com tração 4x4, as relações de marcha reduzidas dão mais agilidade para o Duster maior robustez no off road, mesmo com os 80 kg adicionais e a tração 4x4 acionada. Este conjunto, que equipa a versão topo de linha (R$64 mil) ainda traz suspensão traseira do tipo multi-link, ao invés da semi-independente das outras versões, que dá um comportamento superior e maior versatilidade para transpor obstáculos. 

O câmbio automático BVA de quatro marchas em conjunto com o motor de 2 litros tem ótimo desempenho e suavidade.

A patinação do conversor de torque é controlada e as trocas são precisas. O modo sequencial também tem ótimo funcionamento e só reduz marcha automaticamente caso o botão no fundo do acelerador (kick down) seja pressionado, porém as trocas no limite de rotação são automáticas e a da primeira para segunda acontece próximo as 5500 rpm.

Observe na ficha técnica fornecida pela Renault que os motores 2.0 Hi-flex têm melhores números de consumo de combustível que o de 1,6 litro, o que pode ser um indicio de que este conjunto seja ‘beberrão’. Em todos os modelos há uma alto nível de ruído oriundo do sistema de admissão de ar do motor, que pode ser proposital para maior sensação de potência, mas que chega a incomodar em altas rotações devido à ressonância causada na cabine.
Off Road
O tipo de tração pode ser escolhida através de um botão no console central, entre 2WD (apenas rodas da frente) que favorece o consumo e a agilidade em vias urbanas, Auto, que distribui o torque entre as quatro rodas, de acordo com as condições de piso, e Lock, que bloqueia a distribuição de torque de forma igual para as quatro rodas.

A proposta off Road do Duster é relevante. A absorção das irregularidades, mesmo em velocidades mais altas é excelente e transmite segurança. Em nenhum momento foi percebido fim de curso nos amortecedores e movimentação excessiva da suspensão ou carroceria, mostrando que o conjunto é realmente robusto para esta situação.

A sensação de robustez neste tipo de terreno só é abalada pela extrema vibração do volante junto com a coluna de direção, que passa a impressão de estar solta ao passar por obstáculos.

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