quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Com motor Flex, a robusta Hilux perde um pouco do fôlego

Nova linha da Toyota Hilux e SW4 mantém as características de robustez na suspensão, mas mostra o motor VVT-i Flex Fuel como grande diferencial da categoria para o mercado nacional, apesar de perder em desempenho
Carolina Vilanova

Não que seja uma regra, mas para competir de igual para igual no mercado nacional, um carro bicombustível tem mais vantagem em relação ao que é movido somente a gasolina. Por isso, a cada ano que passa vemos mais gringos se adaptando ao nosso tanque de combustível e até as picapes e utilitários esportivos médios estão se encaixando nessa condição. Tudo começou com a Chevrolet S10 em 2007, depois veio a Mitsubishi L200, a Toyota Hilux e mais recentemente a Ford Ranger.

Se a picape bicombustível é uma realidade, outra realidade é a força que perde em relação a desempenho, o que coloca em consideração se vale a pena ou não, afinal, as versões diesel são bem mais caras. Nessa matéria avaliamos a Toyota Hilux com motor VVT-i Flex Fuel, um modelo que mantém seus atributos de robustez, mas tem comprometido justamente o desempenho, coisa que parece não incomodar os consumidores: está previsto que sejam vendidas 6,2 mil unidades somente nesse ano, entre a picape e a SW4.

Não podemos negar que o engenho da picape da Toyota é bastante moderno e inovador, com 2.7 litros do tipo VVT-i e 16V. Assim, é capaz de entregar potência máxima de 163 cv a 5.000 rpm quando abastecido com etanol e de 158 cv a 5.000 rpm com uso exclusivo da gasolina. Em ambos os casos, o torque máximo alcançado é de 25 kgfm a 3.800 giros. Uma das vantagens do motor ciclo otto é a redução de consumo de combustível e de emissões de poluentes, além da baixa vibração e alta durabilidade.

O maior destaque desse conjunto é o duplo comando de válvulas, com tecnologia VVTi na admissão, responsável por controlar a abertura das válvulas de acordo com as condições de dirigibilidade. De acordo com a montadora, esse sistema proporciona maior torque em qualquer faixa de rotação, economia de combustível e menor emissão de poluentes.

O coletor de admissão é confeccionado em plástico, que melhora a passagem dos gases, reduz o calor e proporciona maior eficiência volumétrica. Já o coletor de escapamento é projetado em aço inox, para otimizar a eficiência do catalisador, ou seja, reduzir emissões. Duas árvores de balanceamento, que rotacionam em sentidos opostos, anulam forças de vibração, resultando num funcionamento suave e silencioso.

Para completar o conjunto de aprimoramentos do motor, foram instalados pistões refrigerados com jatos de óleo, um processo que abaixa a temperatura de funcionamento, e em contrapartida, aumenta a vida útil dos componentes. As bielas são do tipo forjadas, mais leves e resistentes, que reduzem as vibrações e garantem a durabilidade, mesmo em condições severas de uso, diz a Toyota. Da mesma forma que o bloco com galerias de água entre os cilindros assegura a máxima refrigeração e, mais uma vez, a durabilidade.
Ficha técnica

Motor      
Toyota VVT-i Flex 2.7L 16V DOHC
Potência (cv/ rpm)  163/5.000 (Etanol) 158/5.000 (Gasolina)
Torque (kgf.m/rpm) 25,0/3.800
Cilindrada (cm3)    2.694
Diâmetro x curso do pistão (mm)  95,0 x 95,0
Taxa de Compressão    12,0:1
Alimentação    Sistema de injeção eletrônica (tipo EFI)

Em ambas as versões, picape e SW4, a Hilux oferece o câmbio automático de 4 velocidades, que demonstrou eficiência no conjunto com o motor, com trocas suaves, apesar de não serem tão rápidas, mas precisas. Em relação à tração, o modelo pode ser equipado com três tipos: 4x4, com a caixa de transferência mecânica que distribui o torque entre as quatro rodas; 4x2 com a tração apenas na traseira; e 4x4 reduzida. Para engatar o sistema, foi colocada uma alavanca ao lado do câmbio.

Tração  4x2, 4x4 e 4x4 reduzida  acionamento por alavanca e ADD (roda livre automática). Diferencial traseiro com deslizamento limitado (LSD).
Robustez e estabilidade se mantiveram intactos mesmo na versão Flex da Hilux. O sistema de suspensão dianteiro é independente, com barra estabilizadora, braços duplos triangulares e molas helicoidais. A traseira foi desenhada para suportar qualquer tipo de aplicação, de acordo com a marca, contando com um eixo rígido com molas semi-elípticas de duplo estágio. Dessa maneira, a picape se comporta com muita suavidade e conforto, apesar de ser “pau para toda obra”. No modelo SW4, a suspensão traseira é diferente para melhorar o conforto: do tipo independente, com braços 4-link.

Suspensão Dianteira Independente, braços duplos triangulares, molas helicoidais e barra estabilizadora
Traseira  Eixo rígido, molas semi-elípticas de duplo estágio

Direção Hidráulica - pinhão e cremalheira
Freios Dianteiros   Discos ventilados com ABS
Traseiros  Tambor com LSPV (válvula proprocionadora sensível à carga) e ABS

Pneus 265/70 R16
Rodas Liga leve R16 7JJ

Essas são as características mecânicas da picape e do utilitário esportivo da Toyota, que no geral mostram um conjunto robusto e bastante durável. A versão equipada com motor Flex pode ser encontrada nas versões SR e SRV, topo de linha, e oferece uma série de equipamentos de série e opcionais. Itens de segurança como freios ABS nas quatro rodas, airbag duplo frontal e travamento das portas por controle remoto estão presentes em todos os modelos.

**Fonte: http://www.omecanico.com.br

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