O Chevrolet Captiva tem uma missão muito importante: representar a marca da gravata dourada no segmento dos utilitários aqui no Brasil, o que não é tarefa fácil, considerando a quantidade de concorrentes e do alto nível que apresentam. Apesar de ser produzida no México, conta com a vantagem de ter o respaldo da ampla rede da marca, que está espalhada por todo território nacional. Mas também tem seus segredos em relação aos componentes que adota, como o sistema de injeção eletrônica, que abordamos nessa reportagem. ManutençãoInjeção e sensores1) Sensor MAP (Manifold Air Pressure) ou Sensor de pressão do ar - faz a leitura da pressão absoluta do coletor de ar e fornece informações instantâneas de pressão de admissão para a unidade de controle eletrônico do motor (ECM). O ECM utiliza a informação do MAP para realizar alterações no cálculo do tempo de injeção em função da alteração da densidade do ar que é afetada pela altitude onde o veículo transita. 1) Sensor MAP (Manifold Air Pressure) ou Sensor de pressão do ar - faz a leitura da pressão absoluta do coletor de ar e fornece informações instantâneas de pressão de admissão para a unidade de controle eletrônico do motor (ECM). O ECM utiliza a informação do MAP para realizar alterações no cálculo do tempo de injeção em função da alteração da densidade do ar que é afetada pela altitude onde o veículo transita. 2) Sensor MAF (Mass Air Flow) - é do tipo filme aquecido, faz a leitura do fluxo ou massa de ar do coletor de admissão e é integrado ao sensor de temperatura do ar. 4) Sensor de rotação CKP (Crankshaft Position): indica ao ECM a posição e rotação do motor. Seu princípio de funcionamento é baseado no princípio da relutância magnética (sensor indutivo). 5) Válvulas de controle de comando variável: o ECM ajusta o ponto de cada uma das quatro árvores de comando das válvulas através de pulsos PWM, no qual é possível adiantar em até 25° o ponto da comando de admissão e em até 25° o ponto da comando de escape. 6) Corpo de borboleta: equipado com os sensores de posição de borboleta, regula a quantidade de ar que entra no motor em função da posição do pedal do acelerador. É do tipo Drive By Wire, ou seja, sem cabo, o que movimenta a borboleta é um servo motor controlado pela unidade de comando. 7) Módulo ECM: módulo de controle do motor (Engine Control Module), unidade que controla o sistema de injeção eletrônica, recebe os sinais dos sensores, gerando comando para os atuadores, formulando mistura, controlando a variação de fases dos comandos, e ajustando o ponto de ignição. Obs: Nunca faça manutenção do módulo sem proteger a bateria, para evitar um curto-circuito.9) Válvula injetora: injeta combustível no cabeçote próximo a válvula de admissão para formar a mistura. Nas situações de manutenção, é fundamental uma análise criteriosa do filtro primário instalado na entrada de combustível. Em caso de suspeita, este filtro deverá ser substituído nas seis válvulas. 10) Tomada para verificação de pressão de combustível: Local para instalação do manômetro para fazer os testes de pressão e vazão de combustível. 11) Transformadores: são individuais para cada cilindro e dispensam a utilização de cabos de alta tensão aumentando a confiabilidade do sistema. Neste motor foram instaladas velas de ignição com eletrodo central de platina, o que aumenta consideravelmente o prazo de substituição e dispensam ajuste da folga de trabalho. 12) Sensor de Oxigênio: estão instalados quatros sensores de oxigênio, dois sensores de banda larga que ficam antes dos catalisadores e dois sensores tipo planar que ficam após os catalisadores. Obs: Existe um fixador de posicionamento do conector da sonda lambda que a prende num local seguro, evitando que encoste, por exemplo, na ventoinha. 14) Sensor de temperatura do líquido de arrefecimento: trata-se de um termistor NTC (Negative Temperature Coefficient) submetido diretamente ao líquido de arrefecimento. Sua alimentação de 5V é fornecida pelo ECM. 2) Cânister: o cânister está à frente do tanque e tem esse tamanho grande devido às dimensões do motor e do tanque de combustível. Sua função é armazenar vapores de combustível provenientes do tanque. 3) Sensor de detonação na parte frontal do bloco do motor, com acesso por baixo, sua função é ler as vibrações provocadas pela detonação da mistura, possibilitando correção do avanço da ignição. Obs: "Existe a informação incorreta de que este veículo possui duas bombas de combustível, mas na realidade existem dois sensores de nível e uma única bomba. Isto ocorre devido ao formato diferenciado do tanque. A função do segundo sensor de nível é contabilizar o combustível que está no lado oposto ao da bomba, principalmente, em condições de nível baixo", finaliza Marcos.Desmontagem do módulo da bomba2) Os dois fios trançados são os fios que vão para a bomba de combustível. O modelo na versão Sport, de ano 2008, foi o primeiro a chegar por aqui, ainda com o potente motor Alloytec 3.6 litros V6, já utilizado na linha Omega, que vem da Austrália. São 261 cv de potência a 6500 rpm e toque de 32,95 kgfm a 2.100 rpm. Entre os componentes da construção do motor, podemos destacar o cabeçote, pistões e bloco de alumínio, além do coletor de admissão variável e o comando de válvula variável, que otimiza a entrada de ar/combustível e, consequentemente, o regime de rotação do motor. Assim, quem ganha é o meio ambiente, pois o nível de emissões é bastante baixo. Segundo Marcos Antonio da Cruz Luis, instrutor técnico do módulo GM do SENAI-Vila Leopoldina, a manutenção do veículo deve seguir o manual do proprietário, mas existe uma questão importante sobre o motor, que ele explica: "de construção altamente tecnológica e por conter sistema que altera o diagrama das válvulas (comando variável), esse motor é muito exigente com relação a especificação correta do óleo lubrificante. Alterações de viscosidade ou de qualidade do lubrificante pode causar falhas de funcionamento. Muitas vezes, o reparador coloca o fluído fora da especificação, o que além das falhas, também aumenta o consumo de combustível e a emissão de poluentes", explica. O óleo lubrificante usado na Captiva V6 é do tipo mineral com especificação 5W30 e a troca deve ser feita a cada 5 mil km ou 6 meses.
O sistema de injeção eletrônica conta com sensores modernos para leitura e envio de informações para a unidade de comando eletrônica. Vamos conhecer todos os sensores e suas funções no conjunto:
3) Sensores de fase CMP (Camshaft Position): indicam a posição do comando de válvulas para o módulo de injeção. Uma particularidade destes sensores é o fato de que cada sensor possui dois elementos Hall alimentados com uma tensão de 5V fornecido pelo ECM. Como se trata de um motor em V existem quatro sensores, dois para cada eixo de eixo de comando.
8) Galeria de combustível: distribui combustível para as válvulas injetoras. Possui (na maioria dos casos) uma tomada de teste da pressão e vazão da bomba de combustível.
Sensor planar: Possui 4 fios, é alimentado com tensão de 12V pós-chave e tem o aquecedor acionado através de pulsos PWM, utilizando uma célula com o princípio de Nernst, ou seja, produz tensão contínua na faixa entre 100mV até 900mV, considerando que valores até 450mV indicam mistura pobre, entre 450mV e 500mV uma mistura ideal e acima dos 500mV indicam uma mistura rica. É importante a mudança entre as três faixas de tensão. Sensor de banda larga: Possui 6 fios, é alimentado com tensão pós-chave com o aquecedor também acionado através de pulsos PWM. Após aquecido, o sensor de banda larga, além de utilizar o princípio de Nernst, também informa ao ECM duas correntes de monitoramento, chamadas de corrente de bombeamento e corrente de ajuste. Como vantagem, o ECM, além de identificar se a mistura está rica ou pobre, consegue identificar o quanto a mistura está fora do ideal.
13) Válvula do sistema de emissão evaporativa: fica na parte de trás do motor, controla a purga do canister. Trata-se do envio dos vapores de combustível armazenado no canister para coletor de admissão.
No elevadorCom o carro no elevador, destacar os seguintes sensores:1) O tanque é dividido pelo diferencial, do lado direito tem a bomba de combustível e um dos sensores de nível, e o outro sensor está no lado esquerdo. A visualização não é possível, pois estão dentro do tanque.
Sistema de combustívelOs componentes do sistema de combustível da Chevrolet Captiva têm seus diferenciais, mas muitos dos sensores são comuns aos de outros veículos. São eles: sensores de pressão MAP e MAF, sensores de temperatura do ar e do líquido de arrefecimento, sensor de rotação, quatro sensores de fase, válvulas de controle de comando variável, corpo de borboleta com sensores de posição de borboleta, galeria de combustível, válvulas injetoras e filtro de combustível. Todos que já vimos acima. Alguns modelos da Captiva não contam com filtro de combustível, como é o nosso caso. Entre os diferenciais, o destaque é o modulo FPCM (Fuel Pump Control Module, inglês para módulo de controle da bomba de combustível), um sistema que faz controle eletrônico da pressão e da vazão da bomba. "O módulo de controle da bomba de combustível faz o controle da pressão de combustível em diversas condições do motor, como marcha lenta, condições de carga e potência. A bomba de combustível é controlada através de pulsos com largura modulada PWM (Pulse Width Modulation), o que propicia um controle mais eficiente do funcionamento da bomba", explica Marcos.
Este sistema dispensa a utilização do relé da bomba e do regulador de pressão, para o controle são utilizados dois pressostatos, que são sensores responsáveis pelo monitoramento da pressão do combustível e estão instalados um sobre o tanque e outro próximo à roda dianteira esquerda.
O pressostato montado sobre o tanque monitora a pressão do combustível logo após a bomba. Devido à proximidade com peças aquecidas no cofre do motor, foi instalado um segundo pressostato para verificar se a pressão do combustível foi alterada.
1) O acesso ao módulo da bomba é feito por meio do porta-malas. Para soltar o conector do módulo da bomba, faça o movimento indicado pela seta.
**Fonte: http://www.omecanico.com.br |
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