sábado, 22 de janeiro de 2011
Retentores
Parte 1
A principal função dos retentores de um motor é vedar e reter óleos, graxas e outros tipos de fluidos. Além de coibir vazamentos, o retentor impede a entrada de impurezas como poeira, areia e terra para dentro do motor.
Como os retentores não têm um prazo de validade determinado, sua Manutenção Preventiva também é feita por observação. Ao menor sinal de vazamento de óleo, é preciso levar o veículo a uma oficina.
Se os retentores instalados no virabrequim e no comando de válvula estiverem em condições ruins, haverá vazamento de óleo perceptível ao simples olhar. Já o retentor que fica na haste da válvula, quando em más condições, provoca vazamento de óleo para dentro da câmara de combustão. Para detectar o problema, é necessário observar o veículo na primeira partida pela manhã. Se sair uma fumaça branca no escapamento, é sinal de que o retentor apresenta desgastes e o motor está queimando óleo junto com o combustível.
Parte 2
As conseqüências de um retentor em más condições de uso podem ser graves. A falta de cuidado com apenas um item pode prejudicar muitos outros. No caso específico do retentor, os danos vão desde o desgaste prematuro do disco de embreagem, entupimento do conversor catalítico (catalisador), aumento de consumo, diminuição da vida útil das velas até a quebra da correia dentada.
Você corre o risco de ficar parado a qualquer hora em qualquer lugar à espera de um guincho. Prejuízo e chateação na certa. Sem contar no risco de ficar com o carro quebrado em ruas pouco iluminadas durante a noite, por exemplo, ou em estradas de muito tráfego e sem acostamentos.
**Fonte: http://www.webmotors.com.br
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Troca da Correia denatada do Honda Civic 1.7
Acompanhe nesse procedimento a substituição da correia sincronizadora dentada do veículo mais vendido da Honda no Brasil. Aquele que todo mundo diz que nunca quebra, mas para isso é preciso cuidar
Carolina Vilanova
O Honda Civic foi o primeiro carro japonês a ser produzido no Brasil, aliás, a Honda foi a quinta montadora a se instalar por aqui depois das quatro grandes: GM, Ford, Fiat e VW. Saindo da linha de montagem estava o Civic, um sedã de respeito, que logo conquistou a ala dos executivos. É um carro que, segundo seus proprietários, não precisa de manutenção: "o carro não quebra", dizem. Sem tirar o mérito da marca e do próprio veículo, que é considerado um super carrão, é necessário fazer a manutenção sim, para evitar futuros problemas e contar sempre com a máquina. Vai durar, se cuidar!
A troca da correia sincronizadora é um dos quesitos mais importantes na manutenção "para cuidar" melhor do carro. O manual do proprietário da Honda recomenda que a substituição do componente seja efetuada a cada 40 mil km preventivamente. Nessa matéria, vamos realizar o procedimento de substituição da correia dentada, com o apoio técnico da Gates do Brasil, num Honda Civic LXL ano 2003, com motor 1.7l VTEC de 16V e câmbio automático, que está com 85 mil km rodados e está na sua segunda troca. A recomendação da Gates é que os tensionadores e polias sejam sempre inspecionados a cada troca de correia, para que um componente antigo não provoque o desgaste prematuro ou mesmo a quebra de outro que está sendo instalado.
A falta de manutenção preventiva na correia pode gerar muitas preocupações para o motorista, e o mecânico deve sempre orientar o seu cliente em relação a isso. "O carro do cliente estará sujeito a quebra da correia, que em determinadas situações pode gerar a perda total do motor. A manutenção preventiva (caso inclua somente a troca da correia) custa aproximadamente 5% do custo total de recuperação de um motor novo", diz Fábio Murta, do Marketing Reposição Automotiva da Gates do Brasil.
Primeiramente, o técnico deve tomar cuidados básicos, como aplicação correta e manuseio adequado da correia, ou seja, não curvar, dobrar ou vincar a correia antes da instalação, além disso, não torcer, forçar, bater ou prensar o produto na montagem. Se essas regras não forem cumpridas, acarreta em perda da garantia, de acordo com a Gates.
Para executar o serviço, use as ferramentas convencionais adequadas - chave L de 10 e 12 mm, chave estrela, soquetes e catracas - e a ferramenta especial para travar o virabrequim e soltar a polia. Não esqueça de colocar as luvas, os óculos e os sapatos de biqueira. Tudo preparado: pode começar o serviço!
Desmontagem
1) A primeira parte do trabalho é feita com o carro no chão, por cima do capô, protegido adequadamente. Para dar início, desligue o terminal negativo da bateria.
2) Em seguida, solte a proteção do chicote elétrico das bobinas e, um de cada vez, desencaixe os quatro conectores da bobina, que não tem cabo, são encaixados diretamente nas velas.
3) Solte o cabo do acelerador e os chicotes das bobinas e do alternador. Depois, desaperte os parafusos da caixa do filtro de ar e os da caixa de ressonância.
4) Desencaixe as abraçadeiras restantes e algumas travas e, em seguida, remova as duas caixas com cuidado.
5) Faça a remoção da vareta que mede o nível do óleo e do chicote elétrico sobre a tampa de válvulas.
6) O próximo passo é retirar o suporte de fixação das tubulações do ar condicionado e os de fixação da bomba da direção hidráulica, para a retirada da correia da direção hidráulica. Na montagem, esses parafusos têm torque de 20Nm.
7) Desloque agora a bomba da direção hidráulica com cuidado, pois o conjunto sai juntamente com as tubulações. Deixe o conjunto apoiado próximo ao motor.
8) Agora, temos que remover a tampa de válvulas na sequência correta, ou seja, de fora para dentro e de forma cruzada. Na montagem use a sequência inversa, com torque de aperto de 10Nm.
9) Faça em seguida, a retirada do suporte de fixação do filtro de ar.
10) Desloque suavemente a tubulação do ar condicionado para a retirada da tampa de válvulas
11) Tire a tensão da correia do alternador. Para ter melhor acesso à correia, tire o suporte do reservatório da direção hidráulica e depois remova a correia.
12) Em seguida, remova o alternador soltando os dois parafusos de fixação. O torque na montagem é de 50Nm.
13) Depois que tirar o alternador, solte os três parafusos do suporte da bomba de direção hidráulica e retire a peça. Para montar o torque é de 45Nm.
14) Tire os três parafusos da capa de proteção superior da correia dentada e em seguida desconecte o sensor de fase, antes de tirar a capa. Agora sim, remova a capa de proteção superior com cuidado. Os parafusos têm torque de 10 Nm.
15) Agora, tem que soltar os três parafusos que prendem o coxim hidráulico do motor. Depois, coloque a travessa que sustenta o motor para terminar o serviço pela parte de baixo. Depois tire o suporte e o coxim.
16) Para finalizar essa etapa, desloque o suporte do alternador, presos por três parafusos. O torque desses parafusos é de 70 Nm.
Parte inferior
1) Suba o carro no elevador para efetuar as desmontagens da parte inferior que dão acesso à correia. Primeiro retire a roda dianteira esquerda, o protetor do para-lama e o defletor frontal.
2) Para travar o motor, use uma ferramenta adequada. Em seguida, force para soltar o parafuso da polia do virabrequim. O torque na montagem é de 195Nm.
3) O próximo passo é remover a polia do virabrequim, cujo acesso é bem difícil.
4) Desencaixe a capa protetora inferior da correia dentada. Solte os cinco parafusos que, na montagem, têm torque de 10Nm.
5) Antes de retirar a correia é necessário encontrar o ponto de sincronismo para que os ajustes sejam corretos na hora da colocação da nova peça. Com a ajuda de uma alavanca gire o motor até chegar no PMS (Ponto Morto Superior).
- Marcação UP na engrenagem do co- mando de válvulas com o motor em PMS | - Marcação do ponto morto superior no virabrequim |
6) Com uma chave estrela de 14 mm afrouxe o parafuso do tensionador. Depois alivie a tensão da carga da correia dentada com uma chave allen de 6 mm para conseguir removê-la.
Obs.: Verifique o estado da correia removida, nesse caso estava com rachaduras
7) Em seguida, o técnico deve remover com muito cuidado o sensor de rotação.
7) Em seguida, o técnico deve remover com muito cuidado o sensor de rotação.
Instalação
1) Ao colocar a correia nova, observe que as marcações feitas antes da retirada devem seguir exatamente iguais, ou seja, no sincronismo do motor. Encaixe primeiro na engrenagem do virabrequim, depois passe pela bomba d'água, do tensor e, por último, pela engrenagem do comando.
Obs.: Se esse procedimento não foi atendido, o motor corre o risco de não pegar, de ficar com marcha lenta irregular, e dependendo das condições, pode até atropelas válvulas.
2) Retorne a mola do esticador, para poder encaixar corretamente a correia nas polias.
3) Aperte o tensor da correia e confira o ponto de sincronismo nas duas engrenagens, como marcado na desmontagem.
4) Depois, com a ajuda de uma ferramenta, gire o virabrequim no sentido anti-horário duas vezes e depois confira novamente se as marcações de referência da engrenagem do comando de válvulas e da árvore de manivelas estão alinhadas.
Obs.: Se os pontos não alinharem, faça o procedimento novamente.
5) Comece torqueando o tensor para esticar a correia. Ao final, trave o parafuso do tensionador com torque de 40 Nm.
6) A montagem é o processo inverso, com atenção aos torques e cuidados de sempre.
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